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Animais peçonhentos: O que fazer para se evitar acidentes?

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No Brasil temos uma enorme biodiversidade de serpentes, e somente pequena parte oferecem riscos à saúde humana. No mundo existem cerca de 2.930 espécies e no Brasil encontramos 321 espécies (10% do total). Dessas 321 espécies, somente 36 são peçonhentas, ou sejam, possuem capacidade de inocular veneno podendo ocasionar acidentes graves nos seres humanos e animais domésticos.

Como diferenciar uma serpente peçonhenta e inofensiva?

As serpentes peçonhentas possuem características únicas que torna possível identificar se elas são perigosas mesmo sem conseguirmos definir a espécie. No Brasil temos 04 gêneros cobras peçonhentas: As cascavéis (Crotalus sp. Fig 1), Jararacas (Bothrops sp fig 2), Surucucus-pico-de jaca (Lachesis sp. Fig 3) e as cobras-corais (Elapidae sp. Fig 4).

As serpentes: jararaca, surucucu-pico-de-jaca e cascavéis possuem um órgão termorreceptor denominado de fosseta loreal (Fig 5). As cobras que possuem esse órgão são peçonhentas. As cobras que possuem a fosseta são conhecidas também com “serpentes de quatro ventas’’

Uma exceção são as cobras-corais que não possuem a fosseta loreal e são peçonhentas. A recomendação é sempre quando for avistado uma serpente com padrão coral é não tentar manipular o animal, dessa forma é improvável ocorrer um acidente. Além da boca da coral ser muito pequena ela possui a presença de dentes de inoculação bem pequenos, tornando-se bem raro acidentes ofídicos com as cobras-corais. A identificação de corais verdadeiras é tarefa de um especialista em serpentes, pois somente no Brasil temos cerca de 38 espécies de corais-verdadeiras e mais de 40 padrões de falsa-coral (Fig 6).

Encontrei uma serpente, o que fazer?

Para se evitar acidentes em hipótese nenhuma é recomendada a manipulação desses animais, pois mesmo que não sejam peçonhentos, muitos podem ocasionar feridas e pode provocar infecções e reações inflamatórias moderadas a graves.

O mais recomendado é procurar ajuda imediata aos órgãos competentes de sua região para resgatar o animal: Bombeiros (193), centro de controle de zoonoses ou vigilância toxicológica municipal, defesa civil ou polícia ambiental.

Fui picado, e agora?

1-A primeira conduta a se fazer é manter a calma, pois com a agitação ajuda o veneno a se espalhar rapidamente e pode propiciar a outros acidentes.

2- Lave bem o ferimento com água e sabão, para tirar a contaminação local.

3- Mantenha o membro picado elevado em relação ao corpo para evitar que o veneno se espalhe ao corpo.

4- Vá para o serviço médico mais próximo de sua residência e se possível tire uma foto da cobra e mostre ao médico. Não tem necessidade de matar a serpente. Comunique os órgãos competentes para resgatar a cobra.

5- Caso a serpente que te picou seja peçonhenta o tratamento será realizado com soro antiofídico.

O que não fazer:

Não realizar torniquete em nenhuma hipótese;

-Não beba álcool, querosene pois pode agravar o quadro e potencializar a ação do veneno

– Não tente perfurar a ferida e sugar o sangue

– Não passar nenhuma substância em cima da ferida. Lavar somente com água e sabão.

 Como prevenir acidentes com cobras?

-Sempre quando for entrar em locais de mata usar sapatos fechados de cano longo. A maioria dos acidentes com cobras podem ser evitados somente com esse cuidado, pois a maioria dos ataques ocorrem na região posterior do corpo.

– usar luvas grossas quando for manipular matéria orgânica como: galhos, entulhos, lixo etc;

-Não colocar a mão em troncos de árvores ou buracos.

– Manter o quintal livre de entulhos e lixos.

Fonte:

Associação Projeto Ambiental e Cultural Piracanjuba (projetopiracanjuba.org.br)

https://butantan.gov.br/noticias/apareceu-uma-cobra-em-casa-apos-chuvas-e-alagamentos-saiba-o-que-fazer-e-o-que-evitar

Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília, 1998, 131p.il. Instituto Butantan. Animais Peçonhentos: Serpentes. Série Di dática 5. São Paulo, SP s/d

Quantas espécies de cobras venenosas existem no Brasil? | Ciência Hoje (cienciahoje.org.br)

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