Nos meses de março e abril, tivemos dois grandes eventos do agronegócio aqui no Mato Grosso — para quem ainda não sabe, somos o celeiro do agronegócio do Brasil. E, através deste artigo, quero te mostrar não só o impacto que essas feiras trazem para o nosso estado, mas também para o país inteiro.
O Show Safra, realizado em Lucas do Rio Verde entre os dias 24 e 28 de março de 2025, contou com mais de 127 expositores e a participação de diversos profissionais e especialistas do setor. A feira foi palco de grandes negócios e movimentou mais de R$ 10 bilhões em negociações! E não para por aí: o evento, que já ganhou projeção nacional, movimenta não apenas o agronegócio, mas também toda a economia da cidade — hotéis, restaurantes, comércio… A demanda é tão intensa que o impacto econômico se espalha por toda a região.
Já em abril, foi a vez da Norteshow, realizada de 14 a 17 de abril em Sinop. A feira trouxe soluções tecnológicas para o homem do campo, palestras técnicas, oficinas, demonstrações de produtos, leilões e muitas novidades em maquinários, implementos agrícolas e veículos. Tudo isso com foco especial na agricultura familiar, agricultura de precisão e pecuária.
E o que essas duas feiras têm em comum?
O objetivo de fomentar a força do agronegócio brasileiro e movimentar a economia de Mato Grosso e de todo o país.
Só reforçando: o Brasil é o maior produtor de soja do mundo, e entre os estados que lideram essa produção estão Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. Isso evidencia a importância e a magnitude desses eventos para o nosso estado — que é, com orgulho, o maior produtor de soja do país!
E eu, como assessora de investimentos e natural deste estado que é o coração do agronegócio, acompanho esse setor de perto. O que muitos não sabem é que qualquer investidor pode acessar esse segmento tão promissor através do mercado financeiro — e é sobre isso que quero te contar.
Ainda existe a ideia (limitada) de que só produtores rurais ou quem trabalha diretamente no campo conseguem investir no agro. Mas a realidade mudou!
Com o crescimento do agronegócio, o financiamento via meios tradicionais se tornou insuficiente, e o mercado financeiro passou a oferecer novas oportunidades tanto para captar recursos quanto para financiar o setor.
Hoje, temos diversas formas de investir no agro, que já caíram no gosto dos brasileiros:
• LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio): títulos emitidos por instituições financeiras, lastreados em créditos do agronegócio e isentos de imposto de renda para pessoa física.
• CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio): semelhantes às LCAs, mas emitidos por empresas, comercializados diretamente no mercado financeiro através de plataformas de investimento.
• FIAGROs (Fundos de Investimento do Agronegócio): fundos que investem em imóveis rurais, dívidas de produtores ou créditos de empresas do setor agropecuário.
E não para por aqui: você também pode acessar o mercado futuro para investir em commodities como café, soja, milho e boi gordo, aproveitando a variação de preços.
E tem mais: o agronegócio não opera sem o mercado financeiro!
O agro é totalmente exposto ao dólar e à volatilidade dos preços. Para se proteger desses riscos — principalmente climáticos, que não podemos controlar — grandes grupos utilizam estratégias de hedge para travar preços tanto em moeda quanto em produtos físicos.
No cenário atual, a tecnologia voltada para o agronegócio também vem sendo um grande destaque. Esse é um setor com crescimento constante, e, através do mercado financeiro, é possível acessá-lo e acompanhar de perto toda essa inovação.
Como você viu, o agronegócio movimenta o Brasil e o mundo.
E eu não poderia deixar de aproveitar esses dois eventos incríveis para mostrar o tamanho do impacto na nossa economia e as oportunidades que você, investidor, tem para acessar um dos setores mais importantes e sólidos — trazendo ainda mais diversificação e força para o seu portfólio.