Irmãs indígenas mostram talento e perseverança para a música, mesmo diante das dificuldades

Divulgação/Arquivo Pessoal

Para as crianças que moram nas cidades, fazer aulas de música, como violão, bateria ou mesmo aulas de canto, é um hobby, um passatempo. Agora, imagine você morar em uma aldeia indígena e ser apaixonado por música! É o caso das irmãs Aline, Adriana e Aliandra. As jovens de 16, 15 e 10 anos, respectivamente, tem na música um grande sonho.

Moradoras do município de Paranatinga (MT), as moradoras da Aldeia Rawo Ikpeng, mostram ter talento. Não apenas talento, elas são autodidatas. De acordo com seu pai, Mekirinpo, as meninas encontraram na música uma paixão e é dever dele incentivar. “Eu como pai, e a mãe delas, nunca falamos para elas não. Eu sempre digo para elas que vamos tentar. Elas irão vencer”, incentiva.

O pai cita a música “Bate o pé”, da dupla Rio Negro e Solimões. “Elas gostam dessa música e começaram a praticar e cantar sozinhas. Quando elas brincavam com as amigas, e minha segunda filha estava com sete anos de idade, ela disse que um iria crescer e ser cantora sertaneja, para realizar o sonho e ajudar a família. Ela quer estudar e ser uma cantora profissional”, disse.

Mekirinpo ikpeng explica que, por conta do desejo das filhas, a família passou uma temporada morando em Feliz Natal e Sinop, justamente para incentivar o aprendizado musical, porém, a família enfrentou muitas dificuldades e viu-se obrigada a voltar para a aldeia.

Apesar das dificuldades e dos percalços ao longo do caminho, as três irmãs não desistiram. Pelo contrário, as dificuldades e empecilhos, serviram de combustível na busca pelo sonho da música. “Elas estudaram um pouco sozinhas e também moraram algum tempo na cidade, mas é difícil, tanto para mim, quanto para a minha esposa se manter na cidade”, lamenta.

Um exemplo desta dedicação e superação pessoal, é o fato da escola mais próxima da aldeia ficar há seis horas de barco da aldeia. Mesmo impossibilitadas de frequentar a escola, elas não desanimaram e estudaram por conta própria.

Todo esse esforço das meninas está sendo recompensado aos poucos. Elas já participaram de alguns festivais de músicas e tiveram um pouco da sua história publicada pelo famoso empreendedor Geraldo Rufino, em suas redes sociais. Para conhecer um pouco do trabalho das três irmãs, disponibilizamos alguns materiais em nossas redes sociais. Para ter acesso ao Facebook, clique aqui. Para o Instagram, clique aqui.

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